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sábado, 14 de dezembro de 2013

Os 10 melhores discos de 2013

Eis que o Drive-In Saturday volta numa edição extraordinária comemorando não apenas o ano cinematográfico (detalhado na próxima postagem), mas uma belíssima temporada para as bolachinhas sonoras. Música acompanha tudo que a gente faz, e com 2013 chegando ao fim, vale a pena uma retrospectiva dos discos que foram a trilha sonora da minha vida - e espero, das suas - em bons e maus momentos. Como já dizia o grande Buddy Holly, "Rave on":

10 - The Black Angels, "Indigo Meadow"
                                

Direto do texas, o The Black Angels faz rock psicodélico encharcado em distorção e batidas tribais, que nos remetem à um Spacemen3 mais direto, ou aos momentos mais stoner e porque não dizer, ganchudos do saudoso Kyuss. Não importa. "Indigo Meadow" é o testemunho de mais uma banda saída do mesmo cenário de At The Drive-In, ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead, QOTSA e tantas outras que sob o sol do deserto se encontram naquele momento fantástico da carreira onde desfrutam de liberdade para construir um disco rico em melodias e significados, sem se prender a expectativas mercadológicas ou sob a obrigação de criar um single arrasador. Aqui tudo é interessante, desde a faixa-título até o final arrasador com "Black isn't Black". Uma banda prestes a estourar nos seus próprios termos, com um som banhado em psicodelia sessentista, barulho alternativo dos anos 90 e a atemporal atitude 'não-dou-a-mínima-para-essa-bagaça' que, Deus abençõe, ainda serve de motor para toda boa banda de rock. Essa é uma delas.
                                   

9 - Kings Of Leon, "Mechanic Bull"
                             

Hoje pega bem detonar o KOL. Os argumentos; os mesmos: que são vendidos, o 'U2 caipira' e outras sandices. Mas em 2005, quando lançaram o perfeito "AKA Shake Heartbreaker" (Gravado quase totalmente ao vivo em estúdio, uma pérola rara), a banda dos Followill era a cereja mais desejada do bolo 'novo rock', do qual faziam parte Strokes, Franz Ferdinand, Killers e muitas outras. De lá para cá o Strokes ficou pelo caminho junto com o FF, ambos lançando discos fracos, e os matadores de Las Vegas seguiram estáveis, talvez entrando em hiato após o ótimo "Battle Born". Mas a grande banda americana de arena, que misturou influências de Thin Lizzy, CCR, U2 e abandonou o nicho indie para se tornar um gigante comercial, foi o Kings of Leon. Se a fórmula foi aguada passando pelos hits "Sex On Fire" e "Use Somebody" até uma parada estratégica em 2011 para controlar supostos abusos de substâncias lícitas e ilícitas pelo líder Caleb Followill, "Mechanical Bull" é o Kings Of Leon revitalizado, soando novamente cru e com fome ("Supersoaker", "Don't Matter, o balanço matador de "Family Tree"), sem deixar de lado seus lamentos épicos de estádio que afinal, foram os responsáveis por aumentar geometricamente seu público. "Beautiful War", "Wait For Me" e "Tonight" são honestas e melodiosas, sem parecer farofa como seus esforços anteriores. Este é o disco em que o KOL recupera sua verve de compor rock, e ainda tem a melhor canção da banda desde 2005, "Temple", que não faria feio em um Greatest Hits do Creedence Clearwater Revival. E isso é um baita elogio.
                                     

8 - Johnny Marr, "The Messenger"
                             
   Sem medo de ofender o bardo britânico: os Smiths devem muito do seu poder de fogo à genialidade de Johnny Marr. O homem que nos anos 80 embalou a angústia de Morrissey em melodias inovadoras e influenciou com seu estilo inovador de tocar toda uma geração de moleques célebres como Noel Gallagher andava perdido entre tentativas bem-intencionadas como o Healers (que contava com o grande Zak Starkey na bateria),e ansioso para dialogar com a nova geração (vide sua participação como guitarrista do Modest Mouse). Demorou quase 20 anos para que Johnny Marr encontrasse a resposta: solo, com uma respeitosa banda de apoio, seu debut "The Messenger" é um tesouro valioso para quem encontrou na Inglaterra a solução para o rock moderno. Aqui nada passa batido. Passando pela fúria do The Jam, revisitando suas melodias inesquecíveis nos Smiths, reconhecendo o espírito de Manchester evocado pelos irmãos Gallagher em "Definitely Maybe" e chegando ao novo rock dos anos 2000, Marr fez mais do mesmo. E que 'mesmo' celestial: a faixa-título é uma explosão de guitarra e melancolia como há muito não se via, e as lindas "Lockdown", "European Me" e "New Town Velocity" nos fazem torcer não por uma volta do Smiths, mas sim pelo próximo disco de Johnny Marr. Um estupendo retorno.


7 - Soviet Soviet, "Fate"
                             

 Essa foi de última hora. Indicado pelo midas da música independente Renato Maliza no brilhante The Blog That Celebrates Itself e confirmado por meu amigo e agitador cultural Mateus de Oliveira Fernandes, o Soviet Soviet é uma banda italiana formada em 2008 que tecnicamente toca pós-punk com influências que vão do Bauhaus ao contemporâneo Placebo passando pelos obrigatórios Wire e Joy Division. Mas isso tudo vai embora quando seu extraordinário disco de estréia, "Fate", começa a tocar. O Soviet Soviet lançou um punhado de EPs antes desse, mas é aqui que a produção encontra uma banda tocando com urgência. Um som seco, intenso, emocionante. Ainda estou ouvindo muito, mas arrisco dizer que está há anos-luz da estréia do Interpol. Descartando as comparações, o que fica são as guitarras imersas em efeitos, a cozinha espetacular e o vocal absolutamente sensacional de Alessandro Constantini, que soa violento e angustiado como Brian Molko no início do Placebo. Definitvamente, uma banda muito promissora, para não se perder de vista.
                                         


6 - Beady Eye, "BE"

  Saído das cinzas do Oasis, o Beady Eye realiza nesse segundo álbum o potencial sugerido na estréia "Different Gear, Still Speeding" em 2010. Desta vez produzidos por Dave Sitek (Tv On The Radio, Yeah Yeah Yeahs), a banda surge competente e mais focada que nunca, afinal estamos falando de Gem Archer (que tocava uma senhora guitarra no Heavy Stereo, antes ainda do Oasis), Andy Bell (dispensa apresentações pelo Ride, seminal banda shoegazer), Chris Sharrock evocando os floreios de Keith Moon na bateria sempre bem tocada e o capitão do bando, o genial e genioso Liam Gallagher, que aqui registra seus melhores vocais em muito, muito tempo. Com uma riqueza melódica impressionante, é um disco que tem vida fora da sombra gigante do Oasis. Mais importante: canções perfeitas, lapidadas, inesperadas. Se "Flick Of The Finger" nos faz imaginar que estamos de volta ao reinado dos irmãos Gallagher em 1995, "Soul Love", "Shine A Light" e "Start Anew" apontam um caminho que o Beady Eye já indicava no disco anterior - lamentos épicos e paradisíacos, quase progressivos, remetendo aos dias iniciais do saudoso The Verve. "I'm Just Saying" pede por um estádio, mas nada me preparou para a inspiração de "Iz Rite". Em pouco mais de 4 minutos, Liam e cia. passeiam por uma melodia sinuosa, que lembra muito mais a brilhante Electric Light Orchestra de Jeff Lynne que Beatles, e mostram que revisitar o passado não é fazer pastiche. Assim como nos tempos de Oasis, basta um caminhão de boas canções. E desta vez, uma embalagem de luxo na figura de Dave Sitek para melhorar o que já era bom. Noel, agora é sua vez.    



5 - The National, "Trouble Will Find Me"
The National é singular: uma banda compondo sobre momentos da vida que a maioria das bandas de rock não se interessam em retratar.Os personagens das canções tem vidas comuns, fazem sexo desinteressante, enchem a cara depois do trabalho e mentem o tempo todo. Durante isso, anseiam por uma vida melhor, mas estão presos a rotina excruciante de uma vida sem maiores pretensões. O National transforma esse torvelinho de emoções em música maravilhosa desde sua estréia em 2003, "Sad Songs for Dirty Lovers". "Trouble Will Find Me" é a perfeição desse som forjado pela banda, que conta com os irmãos Aaron e Bryce Dessner nas guitarras, Bryan e Scott Devendorf na seção rítmica arrepiante e o vocal barítono de Matt Berlinger. Todo disco do National é uma experiência que dialoga com as suas experiências, e nesse aqui dá para dizer que eles procuram por algum tipo de iluminação. Os contos continuam sendo sobre desvios da alma, mas curiosamente a moldura sonora encontrada pela banda desta vez é arrebatadora e catártica. Os singles são "Sea Of Love" e "Don't Swallow The Cap", óbvias e lindas contendo toda a melancolia que o grupo é capaz de injetar. Mas quando se despe da grandiosidade em canções simples como "Fireproof" e "I Need My Girl", o National mostra que virou gente grande, capaz de arrebatar quem um dia se emocionou com "Street Spirit (Fade in Out)", do Radiohead.



4 - Arctic Monkeys, "AM"
Sinceramente, os saltos ornamentais do Arctic Monkeys não me surpreendem mais. Desde a estréia arrebatadora em 2006 com o best-seller "Whatever People Say That I Am, That's What I'm Not", aqui estava, enfim, a banda que a Inglaterra estava nos devendo desde o surgimento do Oasis. Não foram os Libertines nem o Razorlight. Couberam aos Monkeys o título de 'a' banda de uma certa geração, para quem todas as letras incríveis de Alex Turner fazem todo o sentido do mundo, assim como a cruza de estilos que vão desde o rock inglês mais ortodoxo até o hip-hop americano, passando pelo Stoner Rock (com o aval do dono da parada, Josh Homme) e chegando a uma sutileza inédita, coisa de Nick Cave. Se essa mistura dava sinais de que precisava mudar nos álbuns anteriores, em "AM" os garotos de Sheffield conseguiram. Um repertório absurdo de bom, músicos aplicados nos grooves,e Alex Turner, finalmente surgindo como o grande crooner, um moleque genial que aplica doses de Elvis, Morrissey, Josh Homme e Dr.Dre em doses cavalares e principal, tem humor e auto-crítica. Esse disco eleva o Arctic Monkeys ao patamar de banda mais importante do Reino Unido hoje. Nem vale ressaltar uma ou outra canção pois o álbum completo é uniformemente bom. Dá uma curiosidade de saber o que vem a seguir, e só grandes bandas despertam essa curiosidade. Agora é a hora dos Arctic Monkeys.



3 - Arcade Fire, "Reflektor"
     Se a genialidade do Arcade Fire já era latente para mim pelos dois primeiros discos e um show que foi o melhor da noite no Tim Festival de 2005, o terceiro disco, "The Suburbs"(2010), serviu para consolidar essa impressão e deixar a ansiedade no alto para o próximo passo da banda. E que certeiro: "Reflektor" é uma ousadia, um disco duplo delirante dos canadenses que contém todo o DNA da banda enquanto aponta para um caminho mais dançante e influenciado pelo ritmo, cortesia do pai do LCD Soundsystem e da DFA Records aqui fazendo as vezes de produtor, James Murphy. A faixa-título é um dos singles do ano, e aqui se trata de destacar uma leva de canções que funcionam melhor integradas, ouvidas na ordem. Sem dúvida uma ousadia da banda propor esse caminho reverso, de construir um álbum coeso para ser ouvido completo, sem interrupções. O Arcade Fire está seguindo os mesmos passos do Radiohead em "Kid A" e antes o U2 em "Achtung Baby". Está pedindo ao fã atenção redobrada em tempos que a atenção é dividida e quase ninguém mais escuta um disco inteiro. Mas a força de "Reflektor" é inegável, e o tempo vai dizer se a aposta pagou o esperado.



2 - David Bowie, "The Next Day"
Pense rápido: qual artista de rock aos 66 anos, anuncia disco de um dia para o outro, pega todo o mundo da música de surpresa e principal: retorna com algo que é bom de doer, bom de dar inveja, extraordinariamente bom? Amigos, inegável: a grande história de 2013 é a volta de Bowie com "The Next Day", seu melhor disco em 30 anos de carreira. Mais precisamente, desde "Let's Dance" de 1983! Tony Visconti voltou a produzir e mais, tocando aquela guitarra sensacional. Bowie passou dois anos trabalhando no álbum secretamente. Quando anunciou o retorno, ninguém sabia o que esperar. As canções são arrebatadoras, sem dúvida merecendo figurar ao lado das grandes canções de sua carreira. "Valentine's day", "The Next Day", "Where Are We Now?", "Love is Lost". Mas é em "The Stars (Are Out Tonight)" que o gênio brilha mais forte: um estudo fascinante sobre a nossa fascinação pelos ídolos da arte, e sobre como a arte alimenta e destrói nossos sonhos. Como disse outro ilustre sonhador, Noel Gallagher: 'Ninguém tem direito de ser tão bom assim á essa altura do campeonato." Bowie conseguiu. Estamos aqui no aguardo da próxima proeza. "The Next Day" nasceu clássico.



1 - Queens Of The Stone Age, "...Like Clockwork"
Duas coisas distintas: uma é você TORCER para uma banda que no fundo você SABE que não trará mais nada de novo, que serve apenas para alimentar sua idolatria. Idolatria não se contesta. Os exemplos eu não preciso citar. Todo mundo sabe o que é, que bandas são.


Mas vou te contar: quando você já é torcedor duma banda e a danada ainda por cima não te faz passar vergonha, muito pelo contrário, faz gol atrás de gol...meu amigo, essa é uma das maiores sensações que um artista pode proporcionar ao seu público seleto.



Eu torço para o QOTSA desde 1999. Foi quando comprei numa loja que hoje não existe mais, em Ribeirão Preto, o primeiro álbum da banda. Lembro que o vendedor me deixou abrir o plástico e escutar no fone de ouvido caso eu decidisse levar. Quando chegou no riff da terceira faixa, "If Only", eu tirei o fone de ouvido e fui até o caixa pagar. Encontrei o que eu procurava. Corri para casa e ali estava uma banda 'daquelas', que eu cuidei de doutrinar amigos e ouvir incessantemente, acompanhar cada passo.


Das bandas na ativa hoje, passados quase 15 anos, o Queens Of The Stone Age é minha banda favorita. Lançou discos que marcaram minha vida, que eu escutei e escuto até hoje. Josh Homme é o cabeça da coisa toda e ainda tem tempo para alternar o Queens com outros projetos incríveis, onde ele sempre dá um jeito de enfiar sua 'visão de mundo' única, inusitada. E a guitarra. Eu acho o melhor guitarrista de todos, disparado. É meu favorito. Ele tem também um senso de humor muito afinado com o que eu tenho, e mais: uma disposição de sempre ir contra a corrente, de nunca cair no clichê de 'roqueiro-decadente-ei-eu-quero-seu-dinheiro'.

Quando eu vi a banda ao vivo em 2010, no SWU, eles eram tudo que eu pensei que fossem. Focados em tocar da melhor maneira possível, secos, impetuosos. Mas tudo também muito divertido, afinal, isso é rock, folks.

E seja ouvindo Kyuss e o fundamental "Blues For The Red Sun" ou o Them Crooked Vultures, ou The Desert Sessions, e sempre escavando detalhes nos seus cinco discos, eu segui escutando o QOTSA fielmente. Porque o som deles tem uma espécie de espírito de gente que não se consegue domar. Uma coisa de fincar o pé no que se quer e não desistir.

Novamente os vi tocar em abril deste ano no Lollapalooza, e a coisa foi mais transcendental ainda: Josh Homme entrou com uma bandeira brasileira substituída no globo do mundo pelo logo do QOTSA. Enrolada no seu corpo. Aquilo foi transmitido nos telões enquanto a banda entrava. Pode falar o que quiser, porque afinal como eu disse, idolatria não se discute, mas olha amigo....foi um momento daqueles que fica tatuado no córtex. E o show foi ainda melhor que o de 2010. Melhor musicalmente, uma energia absurda. O melhor som do festival e o melhor show com certeza. E mais uma vez lá estava o QOTSA renovando minha carteirinha de fã doente.

"...Like Clockwork" veio depois, e desde então eu não consigo pensar num disco lançado nos últimos 10 anos com um som mais perfeito, com uma sequência tão matadora de canções e principalmente, uma variedade de sentimentos que a música passa difícil de ignorar. Homme compôs a obra logo após uma cirurgia no joelho crítica, em que foi dado como morto na mesa de operação. Sobreviveu, e passou por um período de reabilitação.

Esse sentimento de incerteza perpassa todo o disco. Em algumas como "Kalopsia", é como se o som existisse num limbo onde o narrador se encontra, prestes a deixar este mundo. Funciona.

Em outras como "I Sat By The Ocean", "Smooth Sailing" e "My God Is The Sun", Homme afirma sua sobrevivência e desafia o status quo, desafia as autoridades. Dá certo também. São canções vibrantes, sensuais, cuja essência evoca os extremos mais hedonistas da vida. Tema recorrente nas letras do compositor.

Mas no final é que fica tudo claro: juntinhas, "I Appear Missing " e "Like Clockwork" são o cartão postal realizado da destruição, duas obras-primas em que Homme questiona a validade da vida e do amor. Como grande artista que é, não oferece respostas. Musicalmente, eu não consigo pensar em nada mais brilhante feito por ele ou outro artista nos últimos tempos.

Existe um solo em "I Appear Missing", e como uma fênix surgida das cinzas, ele aparece aos exatos 04:19 e se estende pelo resto da canção até se juntar com outras guitarras que repetem o mantra melódico transformando tudo num caleidoscópio sonoro de arrepiar. Homme passeia por esse transe sonoro declamando, enfático:

"Don't cry/ With my toes on the edge it's such a lovely view
 Don't cry/ I never loved anything until i loved you
 Inside/ I'm over the edge what can i do?
 Shine....I've fallen through"

É como se o narrador pudesse por um breve instante contemplar o fim chegando enquanto decide dedicar o melhor de si para a pessoa que ama. Mas num último lampejo de egoísmo, volta atrás e escolhe afirmar a vida sendo individualmente a pessoa que sempre quis ser. Ele cai em desgraça. Esse individualismo é outro tema recorrente do QOTSA .

A última faixa, "Like Clockwork", se estende com uma melodia inédita para os padrões da banda e soa como um epílogo em que o personagem abraça o amor, sobrevive e proclama com sarcasmo: "It's all downhill from here", uma maneira sutil de dizer que a glória passou, e a maldição mesmo neste mundo
seria seguir adiante.

Eu duvido que daqui em diante tudo será ladeira abaixo para o Queens Of The Stone Age. É apenas um desajeitado adeus para uma fase vitoriosa que durou tempo demais. A banda no volante sabe que o caminho é sinuoso e não tem medo do que vem pela frente, pisa forte no acelerador. O que Josh Homme ganhou para si em "Like Clockwork" é uma profundidade emocional inesperada, adicionando ainda mais camadas para o som do Queens.

Um estranho disco Nº1, uma chegada ao topo como só poderia ser em se tratando desses caras. Não sei o que virá depois disso. Mas não é sempre que se vê uma banda com tanta força chegar no mainstream, mantendo o auge criativo durante quase 15 anos. Bom, como eu disse no início, sou torcedor. Se você discorda, vá até uma loja de discos, encontre as bandas de sua vida e lembre-se bem disso.




            

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