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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Duro de Matar 2 (Die Hard 2, Dir. Renny Harlin, EUA, 1990, 124 min.)

 E com o sucesso de crítica e principalmente comercial do primeiro, chegamos a esse Duro de Matar 2, praticamente um carbono do Duro de Matar original, substituindo a ambientação do Nakatomi Plaza para um Aeroporto em Washington, também no dia de Natal.

 Desde a cena inicial, nosso amigo John McClane está até o pescoço num dia de cão. Seu carro está sendo rebocado na entrada do aeroporto num dia de inverno pesado. Ele está esperando o desembarque da sua eterna mulher, ou ex-mulher, Holly Gennaro. Mas a chegada dela e de todos os outros aviões vai ser atrasada quando o aeroporto é tomado pelo Coronel Stuart (William Sadler, um psicopata mascote de Hollywood), no intento de libertar o Barão das Drogas General Ramón ( o Django original, Franco Nero), que está chegando do exterior num vôo sob custódia. Desta vez, os passageiros e os aviões no céus são os reféns, e cabe a McClane bagunçar o coreto e acabar com esses vilões.

E daí em diante, o diretor Renny Harlin (hoje decadente em Hollywood e um cineasta de ação que não deu muito certo, tirando um ou outro acerto aqui e ali) entrega um Duro de Matar que segue a cartilha do primeiro com atenção e algum carinho com a fórmula. McClane continua boa praça e teimoso, durão e piadista; sempre há um policial espírito de porco que zomba e desafia ele (aqui Dennis Franz de NYPD Blue faz o capitão Carmine Lorenzo, uma pedra no sapato de McClane, ou vice-versa); e as reviravoltas são muitas e inesperadas, às vezes até inverossímeis, mas tudo muito divertido como convém num blockbuster dessa estirpe.

Harlin entrou sabendo que seria impossível recriar o impacto do primeiro Duro de Matar, mas foi sábio em replicar os elementos que fizeram do anterior um grande filme. Pena que esse segundo episódio nunca alcança ou supera a ação, o humor e o ritmo do seu predecessor . Bruce Willis ainda era 'o' cara e o elenco de apoio funciona. O que importa é que temos aqui mais um legítimo John McClane clássico, disparando frases de efeito, maníaco e desesperado, ainda assim rindo na cara da morte, como deve ser.

  Duro de Matar 2 está longe de ser uma sequência digna, ou de entrar para o hall das grandes sequências do cinema. Mas essa nem era sua pretensão. Foi apenas um filme grande feito com esmero para capitalizar em cima do sucesso do anterior, mas ainda assim respeitando todas as características que fizeram o clássico primeiro filme ser o que é. Não é um filme ruim, mas felizmente, na sequência que viria à seguir McClane voltaria com muito mais criatividade e trazendo à tiracolo o retorno de nosso diretor favorito para Duro de Matar, John McTiernan. O terceiro filme da série seria um novo Duro de Matar, original e com o espírito do primeiro.    

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