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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer (A Good Day to Die Hard, dir. John Moore, EUA, 2013, 97 min.)

 E aqui estou eu, meus amigos, após uma sessão de Duro de Matar - Um Bom Dia Para Morrer. Tenho boas e más notícias...as boas são que o filme tem ritmo ininterrupto, ótimas sequências de ação, e o velho John McClane está sim de volta, bem melhor do que eu previa. Bem superior ao episódio anterior. As más notícias, bem....está longe de ser um filme perfeito; tem falhas graves, gravíssimas. Mas é uma fita perfeitamente passável e afinal de contas, é um filme honesto da série Duro de Matar ao menos.

O plot é muito simples e insere na mitologia da série o filho de John McClane, Jack, que está na Rússia trabalhando para a CIA como um infiltrado. Cabe a ele escoltar um preso político( Sebastian Koch, de A Vida dos Outros), inimigo do governo, para fora do país, onde este revelará um dossiê que colocará em xeque todo o esquema político vigente, segredos que remontam até ao acidente nuclear em Chernobyl. McClane, nos EUA, recebe a notícia de que esse filho-problema foi preso (na verdade um estratagema para retirar o preso político da prisão e do tribunal onde será julgado), e vai à Russia num misto de curiosidade sobre o filho e viagem de férias. Sem mais, nosso azarão favorito é pego no meio de um incidente que vai levá-lo para mais uma saga de sangue, suor e bala, muita bala.

 A relação entre McClane e seu filho é apenas esboçada, porque esse é um filme relativamente curto, (97 min.) que dispensa recordatórios e apresentações. A ação se desenrola desde o primeiro frame, e não há muito espaço para desenvolvimento de personagens. Seja como for, nesse filme Bruce Willis faz um McClane muito mais afinado com os filmes iniciais da série, bem-humorado e com soluções insanas para sequências virtualmente inescapáveis de ação. Isso foi muito acertado. Apesar de ser um McClane mais durão e invencível, ainda é aquele mesmo personagem dos filmes iniciais, e isso foi acertado. O tom do filme tem muito mais à ver com Duro de Matar do que o filme anterior.

 Infelizmente no início do filme Willis praticamente corre atrás da trama, tentando se inserir no contexto do que está acontecendo. Da metade em diante., toma as rédeas e passa a interferir diretamente na ação. O roteiro de Skip Woods é prodígio em criar grandes cenas de ação, mas fraco em reviravoltas. Não vai muito além disso. O que fica é o talento do diretor John Moore em armar junto com sua segunda unidade grandes cenas de ação, que desde já entram para o cânone das grandes sequências da série.

  E isso é Duro de Matar - Um Bom Dia Para Morrer, um filme de ação com alguns grandes momentos que procura respeitar como pode o estilo e a mitologia da série, mas que aqui e ali tomba graças à um roteiro simplório e a própria percepção do público moderno do que deve ser um filme de ação. A grande verdade é que McClane ainda é ardiloso e luta contra a overdose de CGI e coadjuvantes fracos que lhe empurram a cada filme. Mas é sempre satisfatório vê-lo superando esses problemas e quem sabe, pronto para mais uma aventura. Se esse é o James Bond de New Jersey, ele pode e deve sempre voltar. Yippee Ki Yay, pessoal. E no final ainda com 'Doom and Gloom', a nova canção dos Stones. Poxa, nem dá pra reclamar. Até a próxima, McClane.

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