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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Duro de Matar - A Vingança (Die Hard with A vengeance, dir. John McTiernan, EUA, 1995, 128 min.)

 E posso dizer com alguma certeza que Duro de Matar - A Vingança é o sucessor legítimo em estilo e verve  do filme original. Uma fita ousada, violenta, com senso de humor negro e ação insana, que nunca te deixa prever o que vem a seguir. Diferente do segundo episódio, este Duro de Matar ao invés de copiar elementos de roteiro do primeiro filme, pega o espírito do original e joga tudo numa nova perspectiva, mais abrangente ainda. Aqui a fórmula sofreu um abalo positivo e o que temos é um filme cuja ação se desenrola por toda Nova York. Mas nosso chapa John McClane continua o mesmo, bonachão, casca-grossa e bem-humorado.

 O vilão da vez é Simon (participação caprichadíssima de Jeremy Irons) , um maníaco por bombas que ameaça explodir pontos importantes da cidade caso McClane não atenda suas exigências sádicas. O porquê dele escolher McClane e o porquê de seu plano estapafúrdio são reviravoltas espetaculares de roteiro, que não vou mencionar aqui para não estragar a surpresa. Vale a regra: se você gosta de ação a ainda não viu esse filme, corra que vale muito. Um dos grandes dos anos 90.

 Dessa vez McClane tem um parceiro em cena, Zeus, (Samuel L.Jackson) líder comunitário do Harlem que logo no início da fita se vê envolvido junto com o policial na cadeia de eventos desencadeada por Simon. O mais bacana da relação entre Willis e Jackson é que em momento algum eles se tornam amigos ou  coisa do tipo. Longe de ser um carbono dos buddy cop movies como Máquina Mortífera e 48 Horas, esses dois personagens apenas estão unidos brevemente por uma questão de sobrevivência, e o humor que surge desse desespero gera grandes momentos de humor na tela.

 E assim Mc Clane e Zeus cruzam Nova York seguindo as exigências absurdas de Simon, enquanto descobrem um plano maior, ousado, que deve muito ao filme original. A essência de Duro de Matar está no fato de que é um jogo de gato e rato: sempre que McClane descobre o suposto plano do vilão, este já está dois passos adiante, e isso é emocionante. Esse filme é sábio em resgatar esse sabor de que tudo pode acontecer, até o final.

  A cereja no bolo é o retorno de John McTiernan à direção de Duro de Matar. Ele prova aqui que o sucesso da série não reside apenas na performance de Willis; é a força de sua direção e o entendimento de que o humor muito bem colocado entre sequências ambiciosas de ação fazem da série algo único. Apenas McTiernan compreendeu o que é Duro de Matar: uma mistura única de faroeste moderno com filme de assalto e fita-catástrofe. Considero esse o final da série em termos de qualidade. Quem dera os outros diretores da série entendessem o espírito da coisa. Infelizmente isso não aconteceu e tivemos depois Duro de Matar 4, que eu comento amanhã. Yippee Kay Yay, pessoal.

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