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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sobrenatural (Insidious, EUA, 2011, 98 min.)

  Sobrenatural é uma 'banana' dos criadores da série Jogos Mortais, James Wan e Leigh Whanell, para o subgênero que eles mesmos ajudaram a criar: o famigerado torture porn, que consistia apenas em violência gráfica explícita para gerar impacto de maneira canalha sobre a audiência. Há quem goste, mas meus amigos, isso não é cinema fantástico, não é terror, não é cinema mesmo. É um alento ver esses jovens cineastas preocupados em recuperar o senso de diversão nesse tipo de filme, e a aposta aqui foi na velha história da casa mal-assombrada: casal se muda para uma nova residência junto aos seus três filhos e subitamente passam a ser aterrorizados por aparições e outros acontecimentos que é melhor não revelar para não estragar a agradável surpresa que é esse ótimo filme. Sabiamente, Sobrenatural não se leva à sério, tem boas atuações de Patrick Wilson e Rose Byrne, e para uma produção que custou tão pouco para os padrões de Hollywood (1,5U$ Milhão), é excepcionalmente bem filmado, com trilha sonora perturbadora e uma edição enxuta que não perde tempo. Lembrando muito o clima do seriado Além da Imaginação, é um filme divertido, seco, direto, e despretensioso.


UM NOVO DESPERTAR (The Beaver, EUA, 2011, 90 min.)
 Sério, eu cresci assistindo filmes do Mel Gibson, então vou me abster sobre a vida pessoal do cara e todo esse circo que foi criado em parte por ele e em parte por curiosidade mórbida da mídia. O que posso dizer é que o velho Mad Mel está em grande forma sob a direção de sua amiga Jodie Foster em Um Novo Despertar, filme que conta a história de Walter Black, presidente de uma fábrica de brinquedos que, no auge de uma depressão que se arrasta por anos, é abandonado pela família, tenta o suicídio e vê como grande janela de comunicação com o mundo exterior um fantoche castor, que se torna um inusitado porta-voz. Jodie Foster, aqui em seu terceiro filme na direção, perde um pouco o rumo do filme confiando demais no carisma do ótimo elenco e deixando o roteiro fraco do estreante Kyle Killen ditar um ritmo estranho, meio capenga e que nunca detalha qual exatamente é a origem das fobias e patologias de Walter. Do jeito que está, Um Novo Despertar é um filme regular, mas que vai ser lembrado pela boa atuação de Gibson, como um homem tentando reencontrar seu lugar no mundo. Vale a pena ser visto, sem grandes expectativas.


A JOVEM RAINHA VITÓRIA (The Young Victoria, UK, 2009, 96 min.)
  Emily Blunt é uma mulher espetacular. Linda, talentosa e com carisma para dar e vender. Fiquei hipnotizado quando a conheci recentemente em Os Agentes do Destino, ficção com Matt Damon. Desde então tenho seguido os passos dessa deusa cinematográfica nascida na Inglaterra e que inicia uma promissora carreira. Nessa cinebio da rainha mais longeva da Grã-Bretanha, que surpreendeu muitos por sua iniciativa em ações sociais e por reivindicar sua independência amorosa, Blunt está deslumbrante. É a razão de ser do filme, que conta com a direção competente de Jean-Marc Valleé (diretor franco-canadense que fez antes o premiado Crazy- Loucos de Amor) e a produção discreta, mas decisiva de Martin Scorsese. Ótimo elenco de apoio contando com o eterno vilão Mark Strong, Paul Bettany, Jim Broadbent e Miranda Richardson. Não sei se é um filme que se destaca ante a tantas fitas históricas que pululam por aí, mas é digno e a beleza e o talento de Blunt certamente elevam a obra.

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