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quarta-feira, 1 de junho de 2011

X-Men Origens: Wolverine ( X-Men Origins: Wolverine, EUA, 2009, 102 min.)

E o caldo desandou de vez neste spin-off da série, X-Men Origens: Wolverine, que pretendia desvendar o passado do personagem mais famoso e com a história mais misteriosa dos X-Men .

 Ficou só na intenção mesmo, porque poucas vezes eu vi um filme desandar tanto no roteiro como esse aqui. De fato, após o X-Men 3 ter feito rios de dinheiro nas bilheterias, é claro que o estúdio FOX tinha a obrigação de continuar faturando com a série, mas a criatividade andou por baixo aqui. Revendo o filme agora percebo como é ruim. Hugh Jackman está fazendo ele mesmo, e não o mutante que encarnou de maneira brilhante nos dois primeiros filmes e no burocrático terceiro filme. Os atores estão péssimos, o roteiro é muito ruim ( Wolverine salvo por casal de velhinhos no meio-oeste americano? Ora, façam-me o favor!), e a direção estapafúrdia é do Sul-Africano Gavin Hood, que ganhou Oscar de filme estrangeiro por Tsotsi -Infância Perdida e foi contratado por capricho do astro Jackman, aqui no auge do estrelato e um dos cabeças do projeto. Hood claramente não sabe dirigir ação, caiu de pára-quedas na produção e nota-se que as poucas cenas de ação bem-sucedidas são mérito da direção de segunda unidade, a cargo de Peter McDonald que dirigiu, entre outros, Rambo 3. O efeitos de CGI são patéticos; imagine que as garras do Wolverine no filme de 2000 (!) são muito mais realistas do que as desse filme, claramente feitas de maneira apressada. A luta final com o suposto Deadpool é vergonhosa.

Os primeiros 40, 50 minutos de filme até que são digeríveis, mostram a saga de Wolverine dentro do projeto Arma X comandado por Stryker (vilão de X-Men 2 que aqui é reduzido a caras e bocas por Danny Huston), sua posterior saída do grupo de mercenários e a busca pela paz interior junto de sua amada, Silver Fox. A cena em que Silver Fox explica a origem do nome Wolverine é de uma vergonha alheia sem igual. Nada a ver com a origem dos quadrinhos e é mesmo coisa de novela mexicana. Não poderiam ter deixado isso passar, ficou horrível.

 Daí em diante, quando o irmão de Logan, Dentes-de-Sabre, (Liev Schriber pagando o aluguel) começa a matar os membros do grupo Arma X como chamariz para atrair a atenção de Wolverine, o filme perde o rumo e não se assume como uma palhaçada caricatural (como a aparição do Blob, horripilante), ou se é um filme que herda o manto da ficção séria estabelecida por Bryan Singer nos primeiros filmes da franquia. Na dúvida, jogam até o pobre do Gambit numa aparição desastrosa. O clímax com Dentes-de-Sabre e Wolverine lutando contra Deadpool no alto de um reator nuclear é, sério, uma das coisas mais idiotas que eu já presenciei. Quando vi pela primeira vez até passou, mas revendo agora dá para confirmar que esse filme é o fundo do poço cinematográfico dos X-Men, de onde parece que Matthew Vaughn e seu X-Men First Class vai nos resgatar.

E que sexta-feira eu possa esquecer esse filme ruim, evocar o mestre Stan Lee e dizer: Excelsior!

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